sexta-feira, 25 de maio de 2012

PARAÍSOS ARTIFICIAIS E A NOSSA REAL MESA REDONDA


                                                                       
Como anunciado em uma postagem anterior, recebemos ontem para uma mesa redonda professores e atristas para um debate, papo, passeio pelo tão "polêmico" filme de Marcus Prado, Paraísos Artificiais.
Presentes neste encontro estavam: Jackeline Baptista- Diretora Geral do Colégio Estadual João Pessoa- que percebendo o equívoco que a proposta do filme gerou decidiu que o melhor a ser feito era estimular uma conversa sobre s vários temas abordados no longa e acertou com essa iniciativa criando um bate-papo rico em perguntas, respostas e argumentações.
Nesta mesa estavam também Toninho Ferreira- ator, humorista e poeta- que de maneira precisa e lúdica apresentou seu ponto de vista a respeito do filme, a O.T da U.E, Adriana Medeiros- atriz, poeta,cantora e formada em Português e Literaturas que apresentou aspéctos literários e estéticos do filme , a professora Neiva Sampaio que trabalha no setor de ensino da regional e é especialista em sexualidade humana.
Transcrever aqui como foi ese encontro é, simplismente, impossível, mas garanto que foi um raro momento de troca e honestidade, no que diz respeito ao que foi questionado e a maneira como foi esclarecido.
Procuramos, cada um ao seu modo, revelar para eles aspéctos tão ricos no filme, mostrar que atrás de cada cena existe um longo estudo, que não se deve entrar em uma casa de espetáculos, seja ela qual for,e sair  sem uma mudança no pensamento, sem um novo elemento a ser questionado e que partindo do título de uma obra, por exemplo, podemos descobrir mil coisas, o que acontece em Paraísos Artifíciais que é também o título de um dos ensaios do precursor do simbolismo, Charles Baudelaire, onde ele revela de maneira confessional suas experências com ópio, haxixe e vinho.
O filme é, de certa forma, o retrato perfeito de uma parcela da classe média brasileira, aquela “que sofre” e aquela que é tão restrita a ponto de transformar em mágica do destino alguns de seus hábitos mais corriqueiros. Os personagens, todos aparentemente bem criados, são os agentes das suas próprias tragédias, fazendo das drogas o ponto de partida de seus problemas. O filme de Prado, contudo, em nenhum momento levanta a bandeira de conscientização. Seu retrato das drogas é limpo e sua mensagem clara: “as drogas são o que você quer, levam para onde você quer”, diz Mark (Roney Villela), personagem que encarna uma espécie de guru lisérgico na trama. Logo, o problema não são as drogas, mas a índole dos usuários e até sua falta de conhecimento ou a ilusão de que nada pode acontecer e de que quando se é jovem somos destemidos e grandes heróis.
Diante de uma gente atenta e ávida de entendimento tivemos um encontro que foi, na verdade, uma troca e reforçou em cada um que lá esteve que a educação não é e não pode ser uma via de mão única, ela  sempre será uma troca.
Valeu o encontro!!!

O ator e humorista Toninho Ferreira instigando os alunos a apresentarem seus pontos de vista sobre o filme.

A diretora Jackeline, Toninho,as professoras Luciana e Renata junto com os alunos do 2° e 3° anos.

Pelo semblante de cada um podemos imaginar o quanto foi porveitoso o encontro.

                                                                     Valeu!!!                                                                       
                                                                           

 
                                                                                   
                                                                 

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